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11 julho 2013

Aprendi!

Aprendi!

Lento e
dolorosamente, que ficar
acordada durante a
madrugada é pior do que ficar
acordado durante uma
semana inteira.

Aprendi que
não importa quanto tempo eu
fique trancada dentro do meu
quarto, o sol vai nascer, vai se
pôr, e o mundo não vai
mudar nem sequer 1% pelo
fato de eu ficar ou não
sozinha lá dentro. Dentre as
coisas que eu aprendi,
aprendi que aprender dói.

Também aprendi coisas que
eu nem sabia que eu poderia
aprender. (Quando alguém
apaga uma fogueira, espera
que ela nunca mais acenda,
mas, é aí que ta, ela esta bem
mais fácil de acender quando
são só cinzas. O sol é uma
estrela anã, ou seja, todas as
estrelas que você enxerga no
céu à noite são maiores e
mais fortes que ele) Foi com
isso que eu aprendi, que nem
toda intensidade que
colocamos nas coisas, é
realmente tão intenso assim,
que o grande pode ser
pequeno, e que o pequeno
pode ser enorme. (E tem
mais, graças ao seu tamanho
e à estrutura do seu corpo,
uma formiga pode cair de
qualquer altura sem se
machucar)Depois aprendi
coisas que eu odiei ter
aprendido.

Aprendi que beber
durante uma noite inteira,
pode te trazer consequências
pelo restante das duas
décadas seguintes, aprendi
que fumar pode te acalmar
por dias, mas, um dia sem
fumar pode te levar à
loucura.

Aprendi que não
podemos fixar algo
quebrado, mas, podemos
nos acostumar com as
rachaduras.

Aprendi que o
inverno pode durar tempo o
bastante para deixarmos de
acreditar na primavera, e que
mesmo com a chegada do sol,
a sensação de frio vai
continuar.

Aprendi que o
amor não dura tanto quanto
parece, aprendi que quem
quer fica, e quem vai
geralmente sempre vai achar
um motivo para voltar,
porém, o orgulho vai impedir
que essa pessoa olhe pra trás,
e sabe o que é a pior
parte?

Aprendi que a gente
se acostuma com a
ausência de alguém ou de
algo. Aprendi que é preciso
perder para aprender, e que a
vida é só aprender.

Aprendi
que amar não é o suficiente.
Que todos têm máscaras que
talvez nunca caiam para você,
mas, elas vão cair para
alguém.

Aprendi que quando
saímos de casa, nunca mais
vamos conseguir voltar a ser
como éramos antes de partir.

Aprendi que cartas ainda
mudam uma vida.

Aprendi
que uma ligação também
pode mudar sua vida inteira,
e que uma não ligação, pode
acabar com ela.

Aprendi que
não existe nada mais
libertador do que perdoar e
ser perdoado, e que o medo
nos mantém vivos.

Aprendi
que algumas músicas podem
salvar o teu dia, mas, elas
também podem arruinar com
a tua semana.

Aprendi que a
gente se fecha para o mundo,
na esperança que alguém
bata na nossa porta, e nem
sempre temos a intenção de
abri-la, é só pra ver se ainda
somos necessários ali ou em
qualquer lugar, e cá entre
nós, as vezes nós não somos.

E mais, eu aprendi que ficar
sozinho é uma opção, aprendi
que "sim, existe uma escolha",
e que as coisas do coração
são tão complicadas quanto
às da alma, porque não faz
sentido aprender se não
temos para quem ensinar,
não faz sentido viver, se não
sabemos como, não faz
sentido cair se não souber
como levantar.

A gente um
dia cansa de pedir
desculpas, cansa de
procurar, cansa de tentar
entender, aprendi que a
vida cansa.

Aprendi que
precisamos magoar alguém,
para que a gente não se
magoe tanto, e que no fundo
somos tão vulneráveis quanto
açúcar na chuva.

Aprendi que
depois de dar o primeiro
passo, tanto faz se o próximo
for para frente ou para trás, a
marca da primeira pisada vai
ficar no mesmo lugar.

E às
vezes, a gente vai fazer isso
mesmo, colocar pessoas na
nossa vida, tentar tirar outras,
limpar as coisas, tentar por no
lugar, é um pouco sem graça,
mas, com o tempo a gente
aprende a aprender.